Primeiro andar da Torre Eiffel vai ficar com chão transparente

Em fevereiro do próximo ano, a Torre Eiffel começará a passar por uma reforma do primeiro de seus três andares, que ganhará um chão transparente que dará ao espectador a sensação de flutuar sobre Paris, informaram nesta semana os responsáveis pela obra.
Será o ponto mais espetacular entre as obras de reforma do primeiro andar da "Dama de Ferro", situado a 54 metros de altura, em comparação aos 330 do topo.
O objetivo dos organizadores é tornar esse andar mais atraente, por onde atualmente só passa metade dos 7 milhões de visitantes anuais da Torre Eiffel, indicou a empresa que administra o monumento, propriedade da prefeitura de Paris.
Para isso, além de modernizar as lojas, restaurantes e espaços de conferências que atualmente ocupam 5.000 metros quadrados, o arquiteto Alain Moatti projetou um chão transparente para parte da área central do andar, que não será totalmente coberta, mas que contará com planos inclinados, também transparentes, para aproximar o máximo possível o turista da sensação de estar voando sobre Paris.
Com o dispositivo, Moatti pretende também mostrar de perto as estruturas de sustentação da torre, até agora ocultas.
O arquiteto quis dar um toque de modernidade ao primeiro andar do monumento sem perder o espírito dado por Gustave Eiffel quando o projetou para a Exposição Universal de 1889.
Junto a esta visão panorâmica, as obras esperam também reformar os dois grandes espaços fechados do andar, além do restaurante, sempre se preocupando com a transparência dos muros.
A atual sala de recepção Gustave Eiffel será totalmente reformada e oferecerá ao turista uma vitrine da cidade. O espaço Ferrié também será modificado e abrigará, segundo Moatti, um banheiro com vista para Paris. Todos os pavilhões deste andar serão pintados com a cor original da Torre Eiffel.
A reforma permitirá também adequar o espaço aos deficientes físicos, que poderão se deslocar por todos os cantos do andar, além de incluir a colocação de quatro painéis solares e moinhos eólicos para produzir até 8 mil quilowatts por ano, o que permitirá suprir metade da necessidade de água quente dos banheiros.
As obras custarão 25 milhões de euros, cujo financiamento será feito pela própria empresa que administra o monumento, que não fechará durante a reforma, prevista para terminar em meados de 2013.
Os responsáveis da Torre Eiffel esperam que o número de visitantes ao primeiro andar aumente 20%.